Relações Públicas e Ativismo Feminista: Persuasão Estratégica Consensual ou Propaganda?

Autores

  • Naíde Müller Research Centre for Communication and Culture, Catholic University of Portugal, Lisbon, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.58050/comunicando.v12i1.303

Palavras-chave:

Propaganda, Persuasão, Relações Públicas, Feminismo, Ativismo

Resumo

A ameaça global aos ideais democráticos e aos direitos e liberdades fundamentais exige que os cidadãos avaliem criticamente as diferenças entre formas de persuasão consensuais e formas de persuasão não consensuais, manipuladoras e propagandísticas, a fi m de fazerem escolhas livres e informadas. A partir de um trabalho etnográfi co com uma organização portuguesa de defesa dos direitos das mulheres durante seis meses (janeiro-junho de 2021), este artigo discute a intersecção das relações públicas ativistas e da comunicação persuasiva organizada no âmbito de campanhas feministas. A propaganda surge como um fenómeno sociológico multifacetado e as campanhas de comunicação analisadas neste estudo indicam que, por princípio, a comunicação ativista feminista pode operar no âmbito da persuasão estratégica consensual e não da propaganda. Os resultados também ilustram as possíveis contribuições das relações públicas para a mobilização social, participação cívica e adesão democrática. As observações mostraram que nem todos os tipos de persuasão são prejudiciais ou falsos e que a propaganda não serve apenas para mudar opiniões, mas muitas vezes pretende manter as tendências dominantes e o status quo.

Publicado

2023-05-02

Como Citar

Müller, N. (2023). Relações Públicas e Ativismo Feminista: Persuasão Estratégica Consensual ou Propaganda?. Revista Comunicando, 12(1), e023009. https://doi.org/10.58050/comunicando.v12i1.303