Da figura do Ombudsman de Média às singularidades do Provedor Paquete de Oliveira
DOI:
https://doi.org/10.58050/comunicando.v6i1.204Palabras clave:
Provedor, média, crítica, cidadania, éticaResumen
Herdada da máquina da administração pública e da política, a figura do ombudsman de média corresponde essencialmente a um instrumento de autorregulação que convoca o próprio público a participar no processo de reflexão crítica sobre os meios de comunicação e as suas práticas. Adotando em Portugal a designação específica de provedor, esta posição tem sido entendida como a de um mediador entre os órgãos de comunicação social e as respetivas audiências. Embora algumas abordagens tendam a ver no ombudsman uma atividade de marketing das empresas de média (uma espécie de “atenção ao cliente”), na sua origem esta função está vinculada à necessidade de acolher as perceções de leitores, ouvintes e telespectadores sobre o desempenho dos meios e dos seus profissionais e contribuir para promover uma consciência crítica sobre a atuação dos média.
A experiência de ombudsman de média tem em Portugal 20 anos. Iniciou-se na imprensa e estendeu-se aos meios audiovisuais de natureza pública em 2006. Ainda que nem todos os órgãos tenham “subscrito” a iniciativa de incorporar esta função, desde 1997, no conjunto da imprensa, rádio e televisão, foram designadas duas dezenas de provedores. Sem a pretensão de uma análise exaustiva, este artigo foca-se no propósito de refletir em termos gerais não só sobre a função em si mesma mas também sobre o perfil de quem a assume. É a este pretexto que se toma por referência a experiência inaugural do Provedor do Telespectador, repetida mais tarde no jornal Público, para apreciar as singularidades do provedor Paquete de Oliveira.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los/las autores/as conservan los derechos de autor, pero otorgan a la Revista Comunicando el derecho de primera publicación. Este trabajo tendrá una licencia con una Creative Commons License – Attribuition 4.0 Internacional.