As Condições de Trabalho das Ativistas Feministas dos Mídia do Sul Global ao Norte Global

Autores

  • Mariana Fagundes-Ausani Université de Rennes, Laboratoire Arènes - Faculté de Droit et de Science Politique, Rennes, França/Universidade de Brasília, Brasília, Brasil https://orcid.org/0000-0003-3361-3607

DOI:

https://doi.org/10.58050/comunicando.v13i2.383

Palavras-chave:

Midiativismo, Feminismos, Jornalismo Engajado, Precarização Profissional

Resumo

O artigo tem como objetivo discutir, a partir de uma perspectiva transnacional, as condições de trabalho e emprego de produtoras(es) de conteúdo e da equipe de apoio em publicações feministas digitais. Pretende-se entender os retornos financeiros e as estratégias individuais de sobrevivência econômica; as preocupações e frustrações em torno das escolhas profissionais; e a tensão emocional causada pela experiência de ativismo na mídia. A pesquisa se concentra na análise de três publicações brasileiras (AzMina, Lado M . ThinkOlga) e três francesas (Georgette Sand, Les Glorieuses . Madmoizelle). A categoria Norte-Sul global é mobilizada para propor um diálogo entre as práticas de jornalismo feminista no Brasil e na França, recorrendo-se aos dois países por serem representações de relevo no cenário geopolítico internacional. Utilizo as teorias sobre estudos de gênero e feminismos como apoio bibliográfico e recorro ao arcabouço teórico do interacionismo simbólico correlacionado aos mundos sociais da perspectiva beckeriana para traçar convenções e formas de cooperação, de interação e as negociações construídas pelas jornalistas e colaboradoras dessas publicações. A metodologia apoia-se em entrevistas em profundidade com atores que participam em diferentes graus da composição do mundo para possibilitar a comparação multissítio e dar indícios das formas de funcionamento das mídias feministas digitais. Os resultados apontam que a prática estudada advém de um contexto de produção de informação em que as inovações tecnológicas tendem a reduzir quadros funcionais e a precarizar condições de trabalho dos profissionais. Ao mesmo tempo, o ambiente é também um espaço gerador de oportunidades para impulsionar transições na carreira e na vida pessoal dos atores.

Biografia Autor

Mariana Fagundes-Ausani, Université de Rennes, Laboratoire Arènes - Faculté de Droit et de Science Politique, Rennes, França/Universidade de Brasília, Brasília, Brasil

Mariana Fagundes-Ausani has a PhD with a joint degree from the University of Brasília (line of research power and communication processes of the Postgraduate Program of the Faculty of Communication), in Brasília (Brazil), and the Université de Rennes (Laboratoire Arènes - Faculté de Droit et de Science Politique), in Rennes (France). Master's degree in journalism and society from the University of Brasilia (2017). Specialist in marketing and digital media at Fundação Getulio Vargas (2020). Graduated in communication/journalism from University of Brasília (2013). She is part of the Madalenas em Ação research group, which studies the participation of the media in the representation of women. She is a collaborator with the International Student Information Observatory, a partnership between University of Brasília and the University of Quebec at Trois-Rivières in Canada. She is a member of the Laboratoire des Pratiques et des Identités Journalistiques at the Université Libre de Bruxelles in Belgium. Address: 24 Rue Jean Guéhenno, 117, Rennes-France (35700).

Publicado

2024-11-12

Como Citar

Fagundes-Ausani, M. (2024). As Condições de Trabalho das Ativistas Feministas dos Mídia do Sul Global ao Norte Global. Revista Comunicando, 13(2), e024009. https://doi.org/10.58050/comunicando.v13i2.383

Edição

Secção

Secção Temática. Artigos