As Condições de Trabalho das Ativistas Feministas dos Mídia do Sul Global ao Norte Global
DOI:
https://doi.org/10.58050/comunicando.v13i2.383Palavras-chave:
Midiativismo, Feminismos, Jornalismo Engajado, Precarização ProfissionalResumo
O artigo tem como objetivo discutir, a partir de uma perspectiva transnacional, as condições de trabalho e emprego de produtoras(es) de conteúdo e da equipe de apoio em publicações feministas digitais. Pretende-se entender os retornos financeiros e as estratégias individuais de sobrevivência econômica; as preocupações e frustrações em torno das escolhas profissionais; e a tensão emocional causada pela experiência de ativismo na mídia. A pesquisa se concentra na análise de três publicações brasileiras (AzMina, Lado M . ThinkOlga) e três francesas (Georgette Sand, Les Glorieuses . Madmoizelle). A categoria Norte-Sul global é mobilizada para propor um diálogo entre as práticas de jornalismo feminista no Brasil e na França, recorrendo-se aos dois países por serem representações de relevo no cenário geopolítico internacional. Utilizo as teorias sobre estudos de gênero e feminismos como apoio bibliográfico e recorro ao arcabouço teórico do interacionismo simbólico correlacionado aos mundos sociais da perspectiva beckeriana para traçar convenções e formas de cooperação, de interação e as negociações construídas pelas jornalistas e colaboradoras dessas publicações. A metodologia apoia-se em entrevistas em profundidade com atores que participam em diferentes graus da composição do mundo para possibilitar a comparação multissítio e dar indícios das formas de funcionamento das mídias feministas digitais. Os resultados apontam que a prática estudada advém de um contexto de produção de informação em que as inovações tecnológicas tendem a reduzir quadros funcionais e a precarizar condições de trabalho dos profissionais. Ao mesmo tempo, o ambiente é também um espaço gerador de oportunidades para impulsionar transições na carreira e na vida pessoal dos atores.
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