O Sacrifício da Democracia: Teoria Mimética e o Papel da Grande Imprensa Brasileira na Emergência do Bolsonarismo
DOI:
https://doi.org/10.58050/comunicando.v12i1.314Palavras-chave:
Democracia, Imprensa, Teoria Mimética, Bode Expiatório, BolsonarismoResumo
Este artigo se propõe a discutir como os levantes antidemocráticos bolsonaristas tiveram seu embrião no discurso antipetista disseminado pela grande mídia brasileira. Nessa direção, entendo que os conceitos de pânico moral e de demônios populares, de Stanley Cohen e a teoria mimética de René Girard ajudam a lançar luz sobre a mobilização que tomou conta do Brasil. A pacificação do país se daria através da violência aplicada sobre um bode expiatório. Ademais, a partir de leituras de Jacques Rancière e David Runciman, defino que o bode expiatório que tais movimentos buscam sacrificar não se trata de figuras do petismo, mas sim do próprio exercício da democracia. Isso é percebido uma vez que os movimentos antidemocráticos bolsonaristas se desenvolveram por meio do cultivo de ideias de desconfiança por figuras da grande mídia brasileira. As reivindicações desses movimentos contra a democracia são baseadas em sentimentos autoritários, vitimistas e no discurso de combate a uma noção de corrupção inevitável que estaria entranhada em toda forma de política e de partidarismo.
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