Secciones
Referencias
Resumen
Servicios
Descargas
HTML
ePub
PDF
Buscar
Fuente


Entre a Radicalização Online e a Comunicação de Crise: Principais Linhas de Pesquisa da Produção Científica entre Terrorismo e Redes Sociais
Between Online Radicalisation and Crisis Communication: Main Lines of Research of the Scientific Production Between Terrorism and Social Networks
Entre la Radicalización Online y la Comunicación de Crisis: Principales Líneas de Investigación de la Producción Científica entre Terrorismo y Redes Sociales
Revista Comunicando, vol. 11, núm. 2, e022014, 2022
Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação

Varia

Revista Comunicando
Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação, Portugal
ISSN: 2184-0636
ISSN-e: 2182-4037
Periodicidade: Semestral
vol. 11, núm. 2, e022014, 2022

Recepção: 18 Abril 2022

Aprovação: 12 Julho 2022

Publicado: 08 Agosto 2022

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0. Os/as autores/as mantêm os direitos de autor, mas concedem à Revista Comunicando o direito de primeira publicação. Todos os trabalhos são licenciados com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.

Este trabalho está sob uma Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.

Resumo: Apesar de não ser unânime a ideia de que a internet e as redes sociais têm um papel importante na estruturação do terrorismo e no entendimento do mesmo nos dias de hoje, esta ideia é comum a um corpo científico relevante. Este artigo procura entender a produção científica que se faz entre os termos “terrorismo” e “redes sociais”, realizando uma revisão sistemática, seguindo as orientações PRISMA (Page et al., 2021) e aplicada aos motores de busca da Scopus e da Web of Science. Após processos de triagem, chega-se a um corpus de 65 artigos com um total de 2635 citações. Deste modo, procura-se mapear as 8 principais linhas de pesquisa identificadas e seguidas nessa produção científica, percebendo as suas dinâmicas principais e o relevo relativo de cada uma para esta produção científica. Os processos de radicalização e recrutamento online, assim como a gestão comunicacional de momentos de crise – nomeadamente atentados terroristas – dominam a investigação científica existente. Investigação essa que se foca, maioritariamente, na atividade do Daesh, existindo, assim, um défice de estudos com entendimentos mais amplos sobre terrorismo, que desafiem visões orientalistas. Futura investigação poderá contribuir para esse debate mais alargado.

Palavras-chave: Terrorismo, Redes Sociais, Radicalização, Comunicação de Crise, Revisão Sistemática, Orientalismo.

Abstract: Although it is not unanimous the idea that the internet and social networks play an important role in structuring terrorism and understanding it nowadays, this idea is common to a relevant scientific corpus. This article seeks to understand the scientific production that takes place between the terms "terrorism" and "social media" by conducting a systematic review, following PRISMA guidelines (Page et al., 2021) and applying it to the search engines of Scopus and Web of Science. After screening processes, a corpus of 65 articles with a total of 2635 citations is obtained. In this manner, it is sought to map the 8 main lines of research identified and followed in this scientific production, perceiving their main dynamics and the relative relevance of each one for this scientific production. The processes of radicalisation and online recruitment, as well as the communicational management of moments of crisis – namely terrorist attacks – dominate the existing scientific research. Such research is mostly focused on Daesh's activity, thus there is a deficit of studies with broader understandings of terrorism, which may challenge orientalist views. Future research could contribute to this broader debate

Keywords: Terrorism, Social Media, Radicalization, Crisis Communication, Systematic Review, Orientalism.

Resumen: Aunque no es unánime la idea de que Internet y las redes sociales desempeñan un papel importante en la estructuración del terrorismo y su comprensión en la actualidad, esta idea es común a un cuerpo científico relevante. Este artículo pretende conocer la producción científica que se produce entre los términos "terrorismo" y "redes sociales" mediante la realización de una revisión sistemática, siguiendo las directrices PRISMA (Page et al., 2021) y aplicada a los buscadores Scopus y Web of Science. Tras los procesos de selección, se llega a un corpus de 65 artículos con un total de 2.635 citaciones. De esta manera, se busca mapear las 8 principales líneas de investigación identificadas y seguidas en esta producción científica, percibiendo sus principales dinámicas y la relevancia relativa de cada una para esta producción científica. Los procesos de radicalización y reclutamiento online, así como la gestión comunicacional de los momentos de crisis – a saber, los atentados terroristas – dominan la investigación científica existente. Estas investigaciones se centran sobre todo en la actividad de Daesh, por lo que hay un déficit de estudios con una comprensión más amplia del terrorismo, que desafíe las visiones orientalistas. Investigaciones futuras podrán contribuir a este debate más amplio

Palabras clave: Terrorismo, Redes Sociales, Radicalización, Comunicación de Crisis, Revisión Sistemática, Orientalismo.

1. Introdução

Os atentados de 11 de setembro de 2001 colocaram a ideia de “terrorismo” no imaginário partilhado comum da esfera pública. Vários autores estudaram a popularidade que o termo ganhou, quase como se se tratasse de um fenómeno inteiramente novo (Boggs & Pollard, 2007; Slovic, 2002). A importância do momento foi tanta que, a partir daí, no ocidente passou a ser uma enorme preocupação de segurança (Mythen & Walklate, 2006), colocando-se a célula terrorista Al-Qaeda como inimigo público (Nayak, 2006). Consequentemente, reforçou-se, na academia, o interesse neste tópico (Schmid, 2011), nomeadamente nos discursos e conteúdos produzidos após esses atentados, com autores como Shaheen (2001), Altheide (2006), os já referidos Boggs e Pollard (2007) ou ainda Baker-Beall (2009, 2014) – este último analisando o discurso da “guerra contra o terrorismo” na União Europeia, no seguimento da “guerra contra o terror” declarada pelo então presidente dos Estados Unidos da América, George W. Bush.

Por sua vez, a internet e a crescente digitalização trouxeram uma era caracterizada pela interligação e sobreposição de dispositivos de média (Keane, 2013), que Lee e Yang (2014) retratam como de uma lógica cross-media, de combinação de utilizações entre diferentes plataformas de média. As redes sociais são uma dessas plataformas, assumindo enorme protagonismo nas mecânicas do dia-a-dia de cada pessoa (van Dijck & Poell, 2013).

O presente trabalho procura compreender como é que a produção científica internacional tem investigado o tópico do terrorismo em interação com as redes sociais. Parte de uma perspetiva alinhada aos contributos de Edward Said (2003) e à sua teorização em relação ao fenómeno do Orientalismo. Está, ainda, alinhado com a postura crítica aos desequilíbrios de representações de identidades não-ocidentais, vistas como subalternas, isto é, a ideia do “outro" no mundo ocidental (Spivak, 1988), tal como aos demais desequilíbrios de hegemonia (Assimakopoulos et al., 2017). Utilizando uma metodologia inspirada na revisão bibliográfica sistemática, realiza-se um levantamento das principais linhas de pesquisa científica seguidas quando se agregam os dois tópicos em questão – “terrorismo” e “redes sociais”. Por fim, também se procura compreender se existe um viés islamofóbico e orientalista na produção científica em questão.

Deste modo, as questões de investigação que orientam este trabalho são as seguintes:

  • Q1: Quais as principais linhas de pesquisa que se desenvolvem no âmbito da produção científica sobre terrorismo e redes sociais?

    Q2: Qual a prevalência e relevância de cada linha de pesquisa seguida?

    Q3: Existe um viés islamofóbico e orientalista nesta produção científica?

2. Metodologia

Este trabalho utiliza as orientações metodológicas PRISMA (Page et al., 2021) para o enquadramento e a realização de revisões sistemáticas de literatura, seguindo as respetivas indicações de pesquisa do corpus bibliográfico. As orientações metodológicas PRISMA foram desenvolvidas inicialmente para o contexto da medicina e da saúde, e surgiram para sintetizar as análises do estado da arte de uma determinada área do conhecimento, através uma lista de itens. Parte dessa lista de itens pode ser aplicada a outras áreas de conhecimento (Page et al., 2021). Tal acontece neste trabalho, que segue, deste modo, o exemplo do trabalho de Robinson, Cox e restantes autores (2015), que também acompanha as orientações PRISMA para uma revisão sistemática da literatura na qual o foco é a junção das redes sociais com uma outra problemática social. Inspira-se nas análises temáticas e correspondentes autores (Leeuwen, 1995; Owen, 1984) no método de procura de temas comuns após leituras das referências científicas encontradas. É através desta conjugação de metodologias que se procura mapear as principais linhas de pesquisa da produção científica da área, através das bases de dados da Scopus e da Web of Science.

3. Descrição do Estudo e Resultados

Seguindo, particularmente, as orientações propostas pela PRISMA (Page et al., 2021), começou-se por pesquisar os termos “terrorism” e “social media” nas bases de dados da Scopus e da Web of Science, excluindo nesta fase artigos de áreas científicas não relacionados com o trabalho, de acordo com a identificação nestes motores de busca dessas áreas científicas. Selecionaram-se as línguas portuguesa, inglesa e espanhola, porém todos os artigos no corpus final estão escritos em língua inglesa. Nesta primeira fase, reuniram-se 170 artigos na Scopus e 263 artigos na Web of Science, para um total de 433 artigos. Construiu-se uma base de dados, com as referências resultantes da pesquisa, com os seguintes dados sobre as mesmas: autor(es), ano, publicação, título, resumo, hiperligação/DOI, palavras-chave e número de citações.

De seguida, para filtrar os resultados foram eliminados todos os artigos com menos de 10 citações num motor de busca. Deste modo, nesta fase, o corpus é constituído por 33 artigos da Scopus; 57 da Web of Science, compondo um total de 90 artigos.

Numa terceira fase, procuraram-se referências duplicadas. Existem 14 artigos presentes, simultaneamente, nas bases de dados da Scopus e da Web of Science; 19 artigos exclusivamente na base de dados da Scopus e 43 artigos exclusivos na Web of Science, reduzindo-se o total para 76 artigos.

Numa quarta fase foi feita uma triagem crítica às referências, procedendo-se à leitura de títulos, palavras-chave e resumos. Desta forma, eliminaram-se os artigos que não se focavam em terrorismo e redes sociais, assim como os que não constituíam artigos finalizados, revistos por pares e publicados. Assim, o corpus é constituído por 12 artigos presentes em ambas as bases de dados; por 15 artigos exclusivos da Scopus e, ainda, por 38 artigos exclusivos da Web of Science. O total final de artigos deste corpus de revisão literária são 65 artigos.

Numa quinta fase procedeu-se à segunda leitura de títulos, palavras-chave e resumos dos artigos do corpus, procurando temas comuns. As referências foram agrupadas em oito temas, ou seja, oito linhas de pesquisa. São elas: “radicalização, mobilização e organização terrorista”; “comunicação de crise e desastre”; “islamofobia, populismo, rumores, teorias da conspiração, ódio e violência online”; “conteúdos, representações e discursos extremistas/terroristas”; “policiamento, criminologia, contraterrorismo e ativismo”; “diplomacia digital e dinâmicas de conflito”; “género e terrorismo” e, por último, “terrorismo como ameaça cultural”. Foram agregados os números de referências para cada linha de pesquisa, assim como o conjunto de citações agregado correspondente. Esses números podem ser consultados na Tabela 1.

Tabela 1
Número de artigos científicos e total de citações (N) por cada linha de pesquisa identificada

Linha de pesquisa (N) Artigos (N) Citações Radicalização, mobilização e organização terrorista 17 746 Comunicação de crise e desastre 14 961 Islamofobia, populismo, rumores, teorias da conspiração, ódio e violência online 9 270 Conteúdos, representações e discursos extremistas/terroristas 8 261 Policiamento, criminologia, contraterrorismo e ativismo 6 128 Diplomacia digital e dinâmicas de conflito 5 132 Género e terrorismo 4 56 Terrorismo como ameaça cultural 2 81 Total 65 2635 Importar tabla

Existem duas linhas de pesquisa que se destacam pela sua marcada presença quer no número de artigos científicos, quer no número de citações. “Radicalização, mobilização e organização terrorista”, com 17 dos 65 artigos do corpus destaca-se; tal como “comunicação de crise e desastre”, pelo seu maior número de citações, com 961 das 2635 citações totais.

Por sua vez, outras duas linhas de pesquisa identificadas podem ser destacadas pela menor presença que têm neste corpus. São elas “terrorismo como ameaça cultural”, com dois em 65 artigos, isto é, o menor número de artigos do corpus; e ainda “género e terrorismo” com 56 citações das 2635 citações totais do corpus, sendo, deste modo, a linha de pesquisa com menor número de citações.

Também foi calculado o número médio de citações por artigo, de acordo com cada linha de pesquisa identificada. Deste modo, daqui pode resultar um novo indicador sobre a relevância de cada uma na produção científica, menos influenciada pelo acaso de determinados artigos terem uma quantidade díspar de citações. Esses resultados estão na Tabela 2.

Tabela 2
Número médio de citações por artigo científico por cada linha de pesquisa identificada

Linha de pesquisa Citações por artigo (uma casa decimal) Radicalização, mobilização e organização terrorista 43,9 Comunicação de crise e desastre 68,6 Islamofobia, populismo, rumores, teorias da conspiração, ódio e violência online 30,0 Conteúdos, representações e discursos extremistas/terroristas 32,6 Policiamento, criminologia, contraterrorismo e ativismo 21,3 Diplomacia digital e dinâmicas de conflito 26,4 Género e terrorismo 14,0 Terrorismo como ameaça cultural 40,5 Total 40,5 Importar tabla

Segundo os resultados da Tabela 2, a linha de pesquisa “comunicação de crise e desastre” destaca-se por ter o maior número médio de citações por artigo, com cerca de 68,6. Num relativo equilíbrio para o segundo lugar de destaque – porém já distanciada em mais de 20 citações em média por artigo – surgem as linhas de pesquisa “radicalização, mobilização e organização terrorista” com cerca de 43,88 citações por artigo (a mais presente em número de artigos e a segunda mais presente em número de citações); e ainda “terrorismo como ameaça cultural” com cerca de 40,5. Curiosamente, a linha de pesquisa “terrorismo como ameaça cultural” é a última no que toca ao número de artigos e a penúltima no que concerne ao número de citações.

Ainda segundo os resultados da Tabela 2, assinala-se a linha de pesquisa “género e terrorismo”, que com 14 citações por artigo é a que apresenta menor número médio de citações (sendo também a penúltima no que toca ao número de artigos, e a última no que toca ao número total de citações no corpus).

3.1. Radicalização, Mobilização e Organização Terrorista

Esta linha de pesquisa registou o maior número de artigos científicos do corpus (17 em 65) e o segundo maior número total de citações (746 de 2635). Abarca trabalhos que estudam como são feitos os processos de radicalização online, tal como é que as organizações terroristas se mobilizam, comunicam e, eventualmente, recrutam pessoas através de métodos online, nos quais se incluem as plataformas de redes sociais. Klausen (2015) – que é a autora do artigo mais citado desta linha de pesquisa (192 citações) – começa por apontar a ideia de que as células terroristas utilizam um largo conjunto de plataformas online que vão desde o Ask.fm ao Facebook, do Instagram ao Tumblr, ou do Viper ao WhatsApp. Esta autora assinala, porém, o papel de relevo e popularidade do Twitter para todo o conjunto de fins congregados nesta linha de pesquisa, nomeadamente por ser uma rede social que funciona de melhor forma em contextos de acesso à internet de gerações anteriores ao 3G e ainda no uso pessoal e imediato de um telemóvel. Outros autores incluídos nesta linha de pesquisa referem ainda a utilização do YouTube como importante ferramenta de comunicação por parte de organizações terroristas Pedersen et al., 2018; (Awan, 2017; Silva & Crilley, 2017; Tsesis, 2017; Wignell et al., 2017).

A comunicação de grupos terroristas é estratégica, até no que toca a desvios de informação secreta. Nesse sentido, poderíamos falar da existência de uma dualidade entre a comunicação em força pela internet e o secretismo típico de um grupo terrorista que pretende escapar-se dos seus oponentes policiais e governamentais. É também por isso que, segundo Klausen (2015, p. 2) “existem evidências de que as comunicações dos combatentes são restringidas e apenas militantes de confiança mantêm um grande volume de atividade nas redes sociais”.

A generalidade dos textos desta linha de pesquisa centra-se no Daesh[1], e de como este grupo terrorista beneficia, se expande e fortalece através da internet e das redes sociais (Al-Rawi, 2018; Awan, 2017; Bastug et al., 2020; Conway, 2017; Golan & Lim, 2016; J. Johnson, 2018; N. F. Johnson et al., 2016; Klausen, 2015; Kohrt et al., 2016; Pedersen et al., 2018; Reynolds & Hafez, 2019; Schils & Verhage, 2017; Silva & Crilley, 2017; Tsesis, 2017; Wignell et al., 2017). Há também referências à Al-Qaeda, analisada sobretudo, nesta parte do corpus, por Rudner (2017), porém num contexto daquilo que refere como “electronic jihad” ou “E-jihad” (Al-Rawi, 2018). Essa é uma ideia mais generalista e que pode englobar também as estratégias online do Daesh ou qualquer outro grupo associado à propagada ideia de guerra santa por detrás do que é referido como jihad, apesar desta associação simplista de jihad a terrorismo não ser precisa, e perpetuar também estereótipos (Silva & Crilley, 2017) orientalistas.

Não existe unanimidade científica nas ideias de que a internet beneficia o aumento do alcance de grupos terroristas ou que gera novas possibilidades de radicalização. Aliás, Conway (2017) refere ressalvas que outros autores levantam sobre o papel da internet nos processos de radicalização. Por sua vez há autores que aludem a exemplos de criação de equipas e movimentos terroristas por via da internet e das redes sociais. O Rayat al Tawheed é mencionado como exemplo, sendo uma comunidade online de produção de conteúdo virtual, sobretudo, sobre “mártires” britânicos recrutados. Conteúdo este disseminado pelo Facebook, Twitter, Instagram e YouTube (Wignell et al., 2017). Ainda outros autores deste corpus destacam o Daesh como uma organização terrorista com um benefício incomparável a outros grupos terroristas anteriores por força do poder e da velocidade da internet em termos de recrutamento e alcance mediático (Johnson et al., 2016).

Uma vertente desta linha de pesquisa passa por procurar justificações para o recrutamento, centrado na sua maioria em casos de homens ocidentais brancos que são radicalizados também devido a esta mobilização estratégica online destes grupos terroristas. Aliás, pode até existir uma falsa sensação de pertença virtual, de tal forma que se pode falar de um fenómeno de pessoas “auto-radicalizadas sem conhecida história prévia de extremismo ou ligações a lideranças extremistas” se sentirem inspiradas “a agir sem, de facto, pertencerem a um grupo” terrorista (Johnson et al., 2016, p. 2). O trabalho de Cohen et al. (2014) também parte da radicalização individualizada e sem pertença, porém no contexto do fenómeno do radicalismo solitário – tipicamente menos letal e perigoso que o organizado por grupos - neste caso no seguimento dos ataques terroristas do norueguês Anders Breivik. Este tipo de trabalhos pode ser importante, para desbloquear a tendência encontrada e disseminada pelo discurso mediático e até pelo público online (Silva & Crilley, 2017). Tendência essa que inclusive se encontra neste corpus, de retratar grupos terroristas fundamentalistas islâmicos na generalidade das vezes em que se analisa o terrorismo nas redes sociais, neste particular caso no âmbito da radicalização, mobilização e organização por plataformas online como as redes sociais.

3.2. Comunicação de Crise e Desastre

Esta linha de pesquisa registou o segundo maior número de artigos científicos do corpus (14 em 65) e o maior número total de citações (961 de 2635), apresentando assim o maior número médio de citações por cada artigo (68,64).

Aqui, a produção científica é menos centrada, por inteiro, no fenómeno do terrorismo. Na verdade, tende a aparecer como uma ilustração possível de um acontecimento desastroso ou catalisador da sensação da crise. O foco está nos modos como ocorre a comunicação na era digitalizada perante desastres. É o caso de ambos os artigos com mais citações desta linha de pesquisa, respetivamente com 300 e 290 citações (Houston et al., 2015; Palen et al., 2009). Também é estudada a comunicação no sentido de a tornar uma ferramenta eficaz para lidar com desastres e crises, quer do ponto de vista tecnológico (Bean et al., 2016) como da sua utilização institucional e organizacional (Fraustino & Ma, 2015).

Quando um desastre ou uma situação de crise ocorre, a programação habitual nos média tradicionais é substituída por uma cobertura extensiva dessa situação (Al Nashmi, 2018). Por sua vez, pode ser sugerido que coberturas extensivas “podem levar as audiências a percecionar o mundo como um lugar bem mais desastroso do que na verdade é, especificamente em termos da probabilidade de ser afetado por um evento potencialmente traumático para uma comunidade como um desastre natural ou um ataque terrorista” (Houston et al., 2018, p. 6). À comunicação é incutida a responsabilidade da construção de significado durante crises e desastres (Ruggiero & Vos, 2013), sendo que as redes sociais podem ter um especial papel nessa resposta à necessidade de processos de construção de significado (Gascó et al., 2017).

Parte dos artigos desta linha de pesquisa explora a comunicação de desastres e crises a partir de ataques terroristas específicos mais recentes, já numa era de uso massificado das redes sociais, sobretudo os atentados de novembro de 2015 em Paris (Al Nashmi, 2018; Garcia & Rimé, 2019; Jong & Dückers, 2016), os atentados do mesmo ano em Bruxelas (Jong & Dückers, 2016; Rauchfleisch et al., 2017), os atentados no mercado de natal em 2016 em Berlim (Bean et al., 2016; Fischer-Preßler et al., 2019), ou o atentado em abril de 2013 na maratona de Boston (Liu et al., 2016; Williams et al., 2017). Apenas este último não foi conectado ao Daesh, o que corrobora a tendência no corpus de se estudarem grupos terroristas fundamentalistas islâmicos quando se aborda o terrorismo como evento desastroso e catalisador de comunicação de crise.

3.3. Islamofobia, Populismo, Rumores, Teorias da Conspiração, Ódio e Violência Online

Distanciada das frequências das duas linhas de pesquisa mais presentes no corpus, esta linha é a terceira mais presente em função do número de artigos científicos e do número total de citações (nove artigos e 270 citações).

O artigo mais citado (reunindo 142 citações) situa-se no contexto político atual atento ao crescimento de partidos políticos de extrema-direita e respetiva manifestação online, tal como analisa e mapeia o populismo e os tópicos que os ligam (Alvares & Dahlgren, 2016) como a crítica à imigração, sobretudo de imigrantes provenientes de países árabes para a Europa. Esse artigo também recorre a uma ideia estereotipada de jihad como abordado anteriormente por Silva e Crilley (2017). O medo do terrorismo, em particular com análise dos atentados de Paris, pode incrementar o fenómeno do ódio online (Oksanen et al., 2020). O ódio e o conteúdo de extrema-direita não parecem escapar, inclusive, às novas redes sociais como o TikTok (Weimann & Masri, 2020).

Van Buuren e de Graaf (2014) exploram a islamofobia existente em contextos como o dos Países Baixos, e consequentes manifestações dessa islamofobia de partidos de extrema-direita online, particularmente, em fóruns de sites marroquinos. Outros autores fazem um trabalho semelhante, desta vez na Hungria e na Polónia (Goździak & Márton, 2018). Já Siapera (2019) explora os discursos supremacistas, naquilo que caracteriza como “ambiente de racismo digital”.

Também marcam presença nesta linha de pesquisa trabalhos que retratam a questão das notícias falsas e circundantes fenómenos como os rumores (Kwon et al., 2016), a desinformação (Innes et al., 2021), as teorias de conspiração ou aquilo que pode ser designado de fringe. Corresponde ao conceito de fringe um conjunto de ideias ou crenças rejeitadas, marginalizadas (Barkun, 2017). Ser fringe implica ser algo visto como periférico ou fronteiriço, o que pode ter a conotação de extremista (Cambridge Dictionary, s.d.). O fringe é cada vez mais legitimado pelo contexto online que rodeou a era de Trump (Barkun, 2017).

3.4. Conteúdos, Representações e Discursos Extremistas/Terroristas

Apresentando frequências semelhantes à linha de pesquisa anterior, esta regista oito artigos e 261 citações. É composta por abordagens mais empíricas, aplicando-se metodologias como as análises de conteúdo (Ahmad et al., 2019) ou as análises discursivas (Chiluwa & Adegoke, 2013; Dynel & Poppi, 2018) incluindo do ponto de vista noticioso (Kwon et al., 2017; Watkin & Looney, 2019).

No artigo de Parekh e restantes autores (2018), sobre o Twitter, encontra-se outra aplicação generalista do termo jihad e jihadista como sinónimo de terrorismo, contrariando as recomendações de Silva e Crilley (2017). Já Pauwels e Schils (2016) investigam as consequências da exposição a conteúdos extremistas em redes sociais, encontrando ligação entre essa exposição online e a violência política.

Reunindo 81 citações, o artigo mais citado desta linha de pesquisa parte da, anteriormente abordada, crescente relevância de meios online como as redes sociais, nomeadamente o Twitter e o Facebook, para a propagação de conteúdo extremista (Ahmad et al., 2019), ideia com a qual também começa o trabalho de Tsesis (2019). De volta a Ahmad e restantes autores (2019), aí surge uma visão diferenciada, por comparação com a análise do corpus até então, já que esse trabalho alarga a noção dos grupos terroristas para além dos usuais Daesh e Al-Qaeda a organizações como o Irish Republican Army), as Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia–Ejército del Pueblo, o Al Shabaab, os Taliban ou o Hezbollah.

3.5. Policiamento, Criminologia, Contraterrorismo e Ativismo

Esta linha de pesquisa reúne seis artigos e 128 citações. Para esse total de citações contribuem, sobretudo, dois artigos, com 38 e 36 citações respetivamente. O mais citado desloca-se da análise comum sobre o Daesh ou o Al-Qaeda, decorrendo numa cronologia sobre a vaga de protestos e manifestações de 2019 em Hong Kong, por vezes, com escalada de violência que pode “assemelhar-se ao terrorismo” (Purbrick, 2019, p. 20). O segundo artigo mais citado aborda a crescente digitalização e importância do mundo online na vida de cada um, ao ponto de também implicar o expandir da dark/deep web, espaços para a proliferação de atividades como a organização criminosa terrorista (Stratton et al., 2017).

Apenas um dos seis artigos procura gerar debates sobre o policiamento relativo ao Daesh ou à Al-Qaeda e ao seu uso do Twitter (Conway et al., 2019). Cheong e Lundry (2012) apresentam o caso de um terrorista solitário do sudeste asiático que escapou a autoridades policiais, analisando a apropriação e remediação das histórias virais sobre essa particular fuga. Ainda nesta linha de pesquisa encontram-se análises do Twitter, em função da sua contribuição para o estreitar dos laços de cooperação para a segurança entre a Indonésia e a Austrália, que se intensificou “especialmente na sequência dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos E.U.A. e os bombardeamentos de 2002 em Bali, na Indonésia” (Chatfield et al., 2015, p. 118). Encontra-se ainda uma reflexão sobre o papel das instituições de educação na prevenção e como resposta ao aumento dos discursos extremistas e violentos. Esse artigo utiliza o caso do sistema de ensino da Finlândia, apontando que a abordagem dada ao extremismo ideológico (ou seja, tomando uma posição contraterrorista) é uma “significativa afirmação nacional” (Niemi et al., 2018, p. 13).

3.6. Diplomacia Digital e Dinâmicas de Conflito

Esta linha de pesquisa reúne cinco artigos e 132 citações. O artigo com maior número de citações (48) analisa a exposição mediática do Daesh do ponto de vista da sua “estratégia de diplomacia pública mediada”, adjetivada como “sofisticada” pela “combinação de táticas terroristas sincronizadas com estratégias de comunicação para ganhar acesso e exposição mediática, levar a enquadramentos noticiosos que servem os seus interesses, e continuamente produzir e disseminar uma marca consistente […] que ressoam valores culturais” (Melki & Jabado, 2016, p. 101).

A diplomacia é também central no trabalho de Bos e Melissen (2019), que analisam um grupo terrorista e um grupo irredentista, focando-se nos processos comunicacionais, usualmente pelos média digitais, entre esses grupos rebeldes e estados, processos esses que vão além “de relações quase diplomáticas” (2019, p. 15).

Tellidis e Kappler analisam como as tecnologias de informação e comunicação têm um potencial de construção de paz após a existência de conflitos, concluindo que estas tecnologias apenas podem ser vistas como ferramentas, tendo “papéis menos determinantes do que comummente esperado” (2016, p. 13). Zeitzoff (2017, 2018) é o autor dos restantes dois artigos desta linha de pesquisa, desenvolvendo trabalho sobre a influência particular das redes sociais nas dinâmicas de conflito. Este desafia a ideia de que as redes sociais beneficiam qualquer movimento de rutura, apontando também que mudanças no apoio público (analisado em redes sociais como o Twitter) podem reduzir a intensidade dos conflitos, restringindo a capacidade de resposta e de luta de um estado.

3.7. Género e Terrorismo

A penúltima linha de pesquisa mais frequente reúne quatro artigos e 56 citações totais, tendo assim o menor número médio de citações por artigo (14). Todos estes artigos se focam no Daesh. Nuraniyah (2018) e Windsor (2020) procuram entender processos de radicalização de mulheres. Ambos os trabalhos utilizam a família de palavras de jihad como sinónimo único de terrorismo. Loken e Zelenz (2018) também procuram explicar o extremismo feminino no Daesh, abordando jihad como um conceito árabe mais global e menos exclusivo do terrorismo, falando nesses casos de “jihad violenta” (página?). Esta dupla de autoras pondera que “enquanto os recrutas do Daesh participam [no mesmo] por complexas razões, mulheres ocidentais parecem ser primeiramente atraídas por um compromisso religioso e incentivadas por sentimentos percecionados de isolamento e alienação nas suas sociedades originais” (2018, p. 21). Para Windsor (2020), o nível de isolamento parece ser o maior indicador de diferença no recrutamento de acordo com o género. Segundo Pearson (2018) existem diferenças de género no que toca ao recrutamento, indicando “o poder da internet em, especificamente, radicalizar jovens mulheres online, devido ao seu menor acesso ao espaço público” (p. 31).

3.8. Terrorismo Como Ameaça Cultural

Reunindo apenas dois artigos, esta é a linha de pesquisa menos frequente. A perspetiva aqui enfoca na destruição patrimonial e cultural causada pelos atentados terroristas, neste caso, analisando apenas atentados reivindicados pelo Daesh.

Desta linha de pesquisa, 67 das 81 citações totais resultam de um trabalho atento à comunicação nas redes sociais, e ao seu potencial de ameaça, por parte do Daesh que incentiva a destruição de património (Smith et al., 2016). Estes autores abordam uma nova forma de terrorismo, o “terrorismo socialmente mediado”, que “cria novas oportunidades quer para a violência real como simbólica” (2016, p. 181). Cunliffe e Curini (2018) partem desse mesmo conceito abordando o Daesh como caso particular em que a estratégia de domínio na Síria e no Iraque passa pela destruição de símbolos patrimoniais e culturais. Destruição essa que é, segundo esta dupla autoral, astuciosamente, abafada pela comunicação online do Daesh, tirando casos esporádicos, de modo a não perder o apoio conquistado nestas regiões.

4. Discussão

Apesar de, como ressalvado, não ser unânime cientificamente que a internet e as redes sociais beneficiaram os grupos terroristas do ponto de vista comunicacional (Conway, 2017), é dessa base que partem os 65 artigos encontrados neste corpus. Aliás, várias são as referências à relevância das redes sociais para as estratégias de comunicação de grupos terroristas em todas as linhas de pesquisa do corpus. As redes sociais são vistas como “plataformas vulneráveis e acessíveis para o fortalecimento de um grupo, propaganda, lavagem cerebral e angariação de fundos” (Ahmad et al., 2019, p. 1). Destaca-se, neste sentido, o Twitter pela sua utilização maioritária como rede social de análise, no que concerne aos artigos que se focam numa ou noutra rede social. A opção de privilegiar o Twitter como rede social de análise pode ser justificada pelo imediatismo caraterístico desta plataforma, e também pelo facto de poder ser utilizada com internet de gerações mais anteriores, requerendo inferiores pressupostos tecnológicos (Klausen, 2015).

A abordagem seguida neste artigo não permite uma análise aprofundada da produção científica na conjugação entre os termos “terrorism” e “social media”, tal como não permite afirmar que o corpus encontrado corresponde à totalidade da produção científica sobre os tópicos, tendo em conta que parte de pesquisas por palavras-chave específicas apenas nos motores de busca da Scopus e da Web of Science. Aliás, este trabalho está consciente de que o entendimento do número de citações como indicador de relevância científica também não é unânime, sobretudo tendo em conta que o número de citações de um artigo é alterável, mas não segue necessariamente uma lógica linear e apenas cronológica. Porém, esta abordagem permite que se identifiquem linhas de pesquisa através de artigos já citados, permitindo ainda que sejam geradas discussões sobre a relevância atual e futura das mesmas linhas de pesquisa.

Em relação às questões de investigação que orientaram este trabalho, e em resposta a “Q1: Quais as principais linhas de pesquisa que se desenvolvem no âmbito da produção científica sobre terrorismo e redes sociais?” destacam-se “radicalização, mobilização e organização terrorista” e “comunicação de crise e desastre”. Estas duas linhas de pesquisa destacam-se do restante corpus, quer a nível de número de artigos (17 e 14, respetivamente) como a nível de citações totais (746 e 961, respetivamente). Estes números encontram-se na Tabela 1, que juntamente com os dados da Tabela 2 respondem a “Q2: Qual a prevalência e relevância de cada linha de pesquisa seguida?”. O interesse parece ser, desta forma, mais preponderante nos entendimentos de como os grupos terroristas comunicam online e assim se organizam e recrutam, ou do ponto de vista de como a comunicação digital se altera em momentos de crise como atentados terroristas. Deste modo, há indicadores de vieses islamofóbicos e orientalistas na produção científica analisada, o que responde a “Q3: Existe um viés islamofóbico e orientalista nesta produção científica?”. Por outro lado, a interligação destas questões com dinâmicas e nuances de género, tal como a investigação do terrorismo como potencial ameaça cultural e patrimonial aparentam ser linhas de pesquisa menos aprofundadas e de possível menor interesse científico geral, apesar de terem corpo científico suficiente para possibilitar a identificação dos mesmos neste trabalho.

Há, porém, a assinalar a particularidade de uma larga maioria dos artigos centralizar-se no Daesh. Possivelmente deve-se, segundo Melki e Jabado (2016, p. 92), ao facto de “as estratégias de comunicação e terrorismo [do Daesh] terem, ultimamente, ganho a atenção de analistas e investigadores, particularmente investigadores ocidentais e jornalistas que estão assustados com a habilidade do grupo” no que toca ao recrutamento em países ocidentais. Justificar-se-ia, assim, a centralidade da linha de pesquisa mais frequente (aliás, a questão do recrutamento e radicalização surge ainda em artigos fora desta linha de pesquisa). Em simultâneo, também se justificaria a tendência de centralizar o Daesh como objeto de estudo. Contudo, podem ser levantadas questões sobre essa uniformização do conceito estudado de terrorismo à atividade levada a cabo pelo Daesh. Há, inclusive, linhas de pesquisa sem menções a qualquer outro grupo terrorista ou a terroristas solitários não afiliados. Futura investigação poderia procurar realizar análises mais aprofundadas sobre este possível viés da produção científica, tal como dos média no geral, em homogeneizar a totalidade das representações de terrorismo estudadas ao Daesh. Desta forma, contribui-se ainda para a literacia sobre termos como jihad, cuja utilização na generalidade dos artigos é vista como familiar de “terrorismo”, contrariando os seus significados mais latos (Silva & Crilley, 2017). Por conseguinte, há caminho a aprofundar sobre as possibilidades de existência do Orientalismo marcar presença na produção científica sobre terrorismo e redes sociais, incluindo e indo além das linhas de pesquisa identificadas neste corpus.

Referências

Ahmad, S., Asghar, M. Z., Alotaibi, F. M., & Awan, I. (2019). Detection and classification of social media-based extremist affiliations using sentiment analysis techniques. Human-Centric Computing and Information Sciences, 9(1), 1–23. https://doi.org/10.1186/s13673-019-0185-6

Al-Rawi, A. (2018). Video games, terrorism, and ISIS’s jihad 3.0. Terrorism and Political Violence, 30(4), 740–760. https://doi.org/10.1080/09546553.2016.1207633

Al Nashmi, E. (2018). From Selfies to Media Events: How Instagram users interrupted their routines after the Charlie Hebdo shootings. Digital Journalism, 6(1), 98–117. https://doi.org/10.1080/21670811.2017.1306787

Altheide, D. L. (2006). Terrorism and the politics of fear. Cultural Studies - Critical Methodologies, 6(4), 415–439. https://doi.org/10.1177/1532708605285733

Alvares, C., & Dahlgren, P. (2016). Populism, extremism and media: Mapping an uncertain terrain. European Journal of Communication, 31(1), 46–57. https://doi.org/10.1177/0267323115614485

Assimakopoulos, S., Baider, F. H., & Millar, S. (Eds.) (2017). Online hate speech in the European Union: A discourse-analytic perspective. SpringerBriefs in linguistics. https://link.springer.com/book/10.1007/978-3-319-72604-5

Awan, I. (2017). Cyber-Extremism: Isis and the Power of Social Media. Society, 54(2), 138–149. https://doi.org/10.1007/s12115-017-0114-0

Baker-Beall, C. (2009). The Discursive Construction of EU Counter-Terrorism Policy: Writing the ‘Migrant Other ’, Securitisation and Control. Journal of Contemporary European Research, 5(2), 188–206. https://doi.org/10.30950/jcer.v5i2.161

Baker-Beall, C. (2014). The evolution of the European Union’s “fight against terrorism” discourse: Constructing the terrorist “other.” Cooperation and Conflict, 49(2), 212–238. https://doi.org/10.1177/0010836713483411

Barkun, M. (2017). President trump and the “fringe.” Terrorism and Political Violence, 29(3), 437–443. https://doi.org/10.1080/09546553.2017.1313649

Bastug, M. F., Douai, A., & Akca, D. (2020). Exploring the “Demand Side” of Online Radicalization: Evidence from the Canadian Context. Studies in Conflict and Terrorism, 43(7), 616–637. https://doi.org/10.1080/1057610X.2018.1494409

Bean, H., Liu, B. F., Madden, S., Sutton, J., Wood, M. M., & Mileti, D. S. (2016). Disaster Warnings in Your Pocket: How Audiences Interpret Mobile Alerts for an Unfamiliar Hazard. Journal of Contingencies and Crisis Management, 24(3), 136–147. https://doi.org/10.1111/1468-5973.12108

Boggs, C., & Pollard, T. (2007). The Hollywood war machine: U.S. militarism and popular culture. Routledge.

Bos, M., & Melissen, J. (2019). Rebel diplomacy and digital communication: Public diplomacy in the Sahel. International Affairs, 95(6), 1331–1348. https://doi.org/10.1093/ia/iiz195

Cambridge University Press. (s.d.). Fringe. Cambridge Dictionary. Retirado a abril 5, 2022, de https://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/fringe

Chatfield, A. T., Reddick, C. G., & Brajawidagda, U. (2015). Government surveillance disclosures, bilateral trust and Indonesia-Australia cross-border security cooperation: Social network analysis of Twitter data. Government Information Quarterly, 32(2), 118–128. https://doi.org/10.1016/j.giq.2015.01.002

Cheong, P. H., & Lundry, C. (2012). Prosumption, Transmediation, and Resistance: Terrorism and Man-Hunting in Southeast Asia. American Behavioral Scientist, 56(4), 488–510. https://doi.org/10.1177/0002764211429365

Chiluwa, I., & Adegoke, A. (2013). Twittering the Boko Haram uprising in Nigeria: Investigating pragmatic acts in the social media. Africa Today, 59(3), 82–102. https://doi.org/10.1353/at.2013.0010

Cohen, K., Johansson, F., Kaati, L., & Mork, J. C. (2014). Detecting Linguistic Markers for Radical Violence in Social Media. Terrorism and Political Violence, 26(1), 246–256. https://doi.org/10.1080/09546553.2014.849948

Conway, M. (2017). Determining the role of the internet in violent extremism and terrorism: Six suggestions for progressing research. Studies in Conflict and Terrorism, 40(1), 77–98. https://doi.org/10.1080/1057610X.2016.1157408

Conway, M., Khawaja, M., Lakhani, S., Reffin, J., Robertson, A., & Weir, D. (2019). Disrupting daesh: Measuring takedown of online terrorist material and its impacts. Studies in Conflict and Terrorism, 42(1–2), 141–160. https://doi.org/10.1080/1057610X.2018.1513984

Cunliffe, E., & Curini, L. (2018). ISIS and heritage destruction: A sentiment analysis. Antiquity, 92(364), 1094–1111. https://doi.org/10.15184/aqy.2018.134

Dynel, M., & Poppi, F. I. M. (2018). In tragoedia risus: Analysis of dark humour in post-terrorist attack discourse. Discourse and Communication, 12(4), 382–400. https://doi.org/10.1177/1750481318757777

Fischer-Preßler, D., Schwemmer, C., & Fischbach, K. (2019). Collective sense-making in times of crisis: Connecting terror management theory with Twitter user reactions to the Berlin terrorist attack. Computers in Human Behavior, 100, 138–151. https://doi.org/10.1016/j.chb.2019.05.012

Fraustino, J. D., & Ma, L. (2015). CDC’s Use of Social Media and Humor in a Risk Campaign—“Preparedness 101: Zombie Apocalypse.” Journal of Applied Communication Research, 43(2), 222–241. https://doi.org/10.1080/00909882.2015.1019544

Garcia, D., & Rimé, B. (2019). Collective Emotions and Social Resilience in the Digital Traces After a Terrorist Attack. Psychological Science, 30(4), 617–628. https://doi.org/10.1177/0956797619831964

Gascó, M., Bayerl, P. S., Denef, S., & Akhgar, B. (2017). What do citizens communicate about during crises? Analyzing twitter use during the 2011 UK riots. Government Information Quarterly, 34(4), 635–645. https://doi.org/10.1016/j.giq.2017.11.005

Golan, G. J., & Lim, J. S. (2016). Third-Person Effect of ISIS’s Recruitment Propaganda: Online Political Self-Efficacy and Social Media Activism. International Journal of Communication, 10, 4681–4701. https://ijoc.org/index.php/ijoc/article/view/5551

Goździak, E. M., & Márton, P. (2018). Where the Wild Things Are: Fear of Islam and the Anti-Refugee Rhetoric in Hungary and in Poland. Central and Eastern European Migration Review, 7(2), 125–151. https://doi.org/10.17467/ceemr.2018.04

Houston, J. B., Hawthorne, J., Perreault, M. F., Park, E. H., Goldstein Hode, M., Halliwell, M. R., Turner Mcgowen, S. E., Davis, R., Vaid, S., Mcelderry, J. A., & Griffith, S. A. (2015). Social media and disasters: A functional framework for social media use in disaster planning, response, and research. Disasters, 39(1), 1–22. https://doi.org/10.1111/disa.12092

Houston, J. B., Spialek, M. L., & First, J. (2018). Disaster media effects: A systematic review and synthesis based on the differential susceptibility to media effects model. Journal of Communication, 68(4), 734–757. https://doi.org/10.1093/joc/jqy023

Innes, M., Dobreva, D., & Innes, H. (2021). Disinformation and digital influencing after terrorism: Spoofing, truthing and social proofing. Contemporary Social Science, 16(2), 241–255. https://doi.org/10.1080/21582041.2019.1569714

Johnson, J. (2018). The Self-Radicalization of White Men: “Fake News” and the Affective Networking of Paranoia. Communication, Culture and Critique, 11(1), 100–115. https://doi.org/10.1093/ccc/tcx014

Johnson, N. F., Zheng, M., Vorobyeva, Y., Gabriel, A., Qi, H., Velasquez, N., Manrique, P., Johnson, D., Restrepo, E., Song, C., & Wuchty, S. (2016). New Online Ecology of Adversarial Aggregates: ISIS and beyond. Science, 352(6292), 2–11. https://doi.org/10.1126/science.aaf0675

Jong, W., & Dückers, M. L. A. (2016). Self-correcting mechanisms and echo-effects in social media: An analysis of the “gunman in the newsroom” crisis. Computers in Human Behavior, 59, 334–341. https://doi.org/10.1016/j.chb.2016.02.032

Keane, J. (2013). Democracy and media decadence. Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/CBO9781107300767

Khan, Z. (2014, outubro, 9). Words matter in ‘ ISIS ’ war , so use ‘ Daesh’. The Boston Globe.

Klausen, J. (2015). Tweeting the Jihad: Social media networks of Western foreign fighters in Syria and Iraq. Studies in Conflict and Terrorism, 38(1), 1–22. https://doi.org/10.1080/1057610X.2014.974948

Kohrt, B. A., Yang, M., Rai, S., Bhardwaj, A., Tol, W. A., & Jordans, M. J. D. (2016). Recruitment of child soldiers in Nepal: Mental health status and risk factors for voluntary participation of youth in armed groups. Peace and Conflict, 22(3), 208–216. https://doi.org/10.1037/pac0000170

Kwon, K. H., Bang, C. C., Egnoto, M., & Raghav Rao, H. (2016). Social media rumors as improvised public opinion: Semantic network analyses of twitter discourses during Korean saber rattling 2013. Asian Journal of Communication, 26(3), 201–222. https://doi.org/10.1080/01292986.2015.1130157

Kwon, K. H., Chadha, M., & Pellizzaro, K. (2017). Proximity and Terrorism News in Social Media: A Construal-Level Theoretical Approach to Networked Framing of Terrorism in Twitter. Mass Communication and Society, 20(6), 869–894. https://doi.org/10.1080/15205436.2017.1369545

Lee, H., & Yang, J. (2014). Political knowledge gaps among news consumers with different news media repertoires across multiple platforms. International Journal of Communication, 8(1), 597–617. https://ijoc.org/index.php/ijoc/article/view/2455

Leeuwen, T. van. (1995). The representation of social actors. In C.R. Caldas-Coulthard, M. Coulthard (Eds.) Texts and Practices - Readings in Critical Discourse Analysis (pp. 32–70). Routledge.

Liu, B. F., Fraustino, J. D., & Jin, Y. (2016). Social Media Use During Disasters: How Information Form and Source Influence Intended Behavioral Responses. Communication Research, 43(5), 626–646. https://doi.org/10.1177/0093650214565917

Loken, M., & Zelenz, A. (2018). Explaining extremism: Western women in Daesh. European Journal of International Security, 3(1), 45–68. https://doi.org/10.1017/eis.2017.13

Melki, J., & Jabado, M. (2016). Mediated public diplomacy of the Islamic state in Iraq and Syria: The synergistic use of terrorism, social media and branding. Media and Communication, 4(2A), 92–103. https://doi.org/10.17645/mac.v4i2.432

Mythen, G., & Walklate, S. (2006). Communicating the terrorist risk: Harnessing a culture of fear? Crime, Media, Culture: An International Journal, 2(2), 123–142. https://doi.org/10.1177/1741659006065399

Nayak, M. (2006). Orientalism and “saving” US state identity after 9/11. International Feminist Journal of Politics, 8(1), 42–61. https://doi.org/10.1080/14616740500415458

Niemi, P. M., Benjamin, S., Kuusisto, A., & Gearon, L. (2018). How and why education counters ideological extremism in Finland. Religions, 9(12), 1–16. https://doi.org/10.3390/REL9120420

Nuraniyah, N. (2018). Not Just Brainwashed: Understanding the Radicalization of Indonesian Female Supporters of the Islamic State. Terrorism and Political Violence, 30(6), 890–910. https://doi.org/10.1080/09546553.2018.1481269

Oksanen, A., Kaakinen, M., Minkkinen, J., Räsänen, P., Enjolras, B., & Steen-Johnsen, K. (2020). Perceived Societal Fear and Cyberhate after the November 2015 Paris Terrorist Attacks. Terrorism and Political Violence, 32(5), 1047–1066. https://doi.org/10.1080/09546553.2018.1442329

Owen, W. F. (1984). Interpretive themes in relational communication. Quarterly Journal of Speech, 70(3), 274–287. https://doi.org/10.1080/00335638409383697

Page, M. J., Mckenzie, J. E., Bossuyt, P. M., Boutron, I., Hoffmann, T. C., Mulrow, C. D., Shamseer, L., Tetzlaff, J. M., Akl, E. A., Brennan, S. E., Chou, R., Glanville, J., Grimshaw, J. M., Hróbjartsson, A., Lalu, M. M., Li, T., Loder, E. W., Mayo-Wilson, E., Mcdonald, S., McGuinness, L. A., Stewart, L. A., Thomas, J., Tricco, A. C., Welch, V. A., Whiting, P., & Moher, D. (2021). The PRISMA 2020 statement: An updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ 2021, 371(71). https://doi.org/10.1136/bmj.n71

Palen, L., Vieweg, S., Liu, S. B., & Hughes, A. L. (2009). Crisis in a networked world: Features of computer-mediated communication in the April 16, 2007, Virginia Tech event. Social Science Computer Review, 27(4), 467–480. https://doi.org/10.1177/0894439309332302

Parekh, D., Amarasingam, A., Dawson, L., & Ruths, D. (2018). Studying jihadists on social media: A critique of data collection methodologies. Perspectives on Terrorism, 12(3), 3–21. https://www.jstor.org/stable/26453132

Pauwels, L., & Schils, N. (2016). Differential Online Exposure to Extremist Content and Political Violence: Testing the Relative Strength of Social Learning and Competing Perspectives. Terrorism and Political Violence, 28(1), 1–29. https://doi.org/10.1080/09546553.2013.876414

Pearson, E. (2018). Online as the new frontline: Affect, gender, and ISIS-take-down on social media. Studies in Conflict and Terrorism, 41(11), 850–874. https://doi.org/10.1080/1057610X.2017.1352280

Pedersen, W., Vestel, V., & Bakken, A. (2018). At risk for radicalization and jihadism? A population-based study of Norwegian adolescents. Cooperation and Conflict, 53(1), 61–83. https://doi.org/10.1177/0010836717716721

Purbrick, M. (2019). A Report of the 2019 Hong Kong Protests. Asian Affairs, 50(4), 465–487. https://doi.org/10.1080/03068374.2019.1672397

Rauchfleisch, A., Artho, X., Metag, J., Post, S., & Schäfer, M. S. (2017). How journalists verify user-generated content during terrorist crises. Analyzing twitter communication during the Brussels attacks. Social Media and Society, 3(3). https://doi.org/10.1177/2056305117717888

Reynolds, S. C., & Hafez, M. M. (2019). Social network analysis of German foreign fighters in Syria and Iraq. Terrorism and Political Violence, 31(4), 661–686. https://doi.org/10.1080/09546553.2016.1272456

Robinson, J., Cox, G., Bailey, E., Hetrick, S., Rodrigues, M., Fisher, S., & Herrman, H. (2015). Social media and suicide prevention: A systematic review. Early Intervention in Psychiatry, 10(2), 103–121. https://doi.org/10.1111/eip.12229

Rudner, M. (2017). “Electronic jihad”: The internet as Al Qaeda’s catalyst for global terror. Studies in Conflict and Terrorism, 40(1), 10–23. https://doi.org/10.1080/1057610X.2016.1157403

Ruggiero, A., & Vos, M. (2013). Terrorism communication: Characteristics and emerging perspectives in the scientific literature 2002-2011. Journal of Contingencies and Crisis Management, 21(3), 153–166. https://doi.org/10.1111/1468-5973.12022

Said, E. W. (2003). Orientalism. Penguin Books.

Schils, N., & Verhage, A. (2017). Understanding how and why young people enter radical or violent extremist groups. International Journal of Conflict and Violence, 11, 1–17. https://doi.org/10.4119/UNIBI/ijcv.473

Schmid, A. P. (Ed.) (2011). The Routledge Handbook of Terrorism Research. Routledge.

Shaheen, J. G. (2001). Reel bad Arabs: How Hollywood vilifies a people. Olive Branch Press.

Siapera, E. (2019). Organised and Ambient Digital Racism: Multidirectional Flows in the Irish Digital Sphere. Open Library of Humanities, 5(1), 1–34. https://doi.org/10.16995/olh.405

Silva, R., & Crilley, R. (2017). “Talk about terror in our back gardens”: An analysis of online comments about British foreign fighters in Syria. Critical Studies on Terrorism, 10(1), 162–186. https://doi.org/10.1080/17539153.2016.1237011

Slovic, P. (2002). Terrorism as hazard: A new species of trouble. Risk Analysis, 22(3), 425–426. https://doi.org/10.1111/0272-4332.00053

Smith, C., Burke, H., de Leiuen, C., & Jackson, G. (2016). The Islamic State’s symbolic war: Da’esh’s socially mediated terrorism as a threat to cultural heritage. Journal of Social Archaeology, 16(2), 164–188. https://doi.org/10.1177/1469605315617048

Spivak, G. C. (1988). Can the Subaltern Speak? In Marxism and the Interpretation of Culture (pp. 271–313).

Stratton, G., Powell, A., & Cameron, R. (2017). Crime and justice in digital society: Towards a “digital criminology”? International Journal for Crime, Justice and Social Democracy, 6(2), 17–33. https://doi.org/10.5204/ijcjsd.v6i2.355

Tellidis, I., & Kappler, S. (2016). Information and communication technologies in peacebuilding: Implications, opportunities and challenges. Cooperation and Conflict, 51(1), 75–93. https://doi.org/10.1177/0010836715603752

Tsesis, A. (2017). Social Media Accountability for Terrorist Propaganda. Fordham Law Review, 86(2), 605. https://ir.lawnet.fordham.edu/flr/vol86/iss2/12

Tsesis, A. (2019). Terrorist Speech on Social Media. Vanderbilt Law Review, 70(2), 651–708. https://scholarship.law.vanderbilt.edu/vlr/vol70/iss2/4

van Buuren, J., & de Graaf, B. (2014). Hatred of the System: Menacing Loners and Autonomous Cells in the Netherlands. Terrorism and Political Violence, 26(1), 156–184. https://doi.org/10.1080/09546553.2014.849932

van Dijck, J., & Poell, T. (2013). Understanding social media logic. Media and Communication, 1(1), 2–14. https://doi.org/10.12924/mac2013.01010002

Watkin, A. L., & Looney, S. (2019). “The lions of tomorrow”: A news value analysis of child images in jihadi magazines. Studies in Conflict and Terrorism, 42(1–2), 120–140. https://doi.org/10.1080/1057610X.2018.1513696

Weimann, G., & Masri, N. (2020). Research Note: Spreading Hate on TikTok. Studies in Conflict and Terrorism, 0(0), 1–14. https://doi.org/10.1080/1057610X.2020.1780027

Wignell, P., Tan, S., & O’Halloran, K. L. (2017). Under the shade of AK47s: a multimodal approach to violent extremist recruitment strategies for foreign fighters. Critical Studies on Terrorism, 10(3), 429–452. https://doi.org/10.1080/17539153.2017.1319319

Williams, G. A., Woods, C. L., & Staricek, N. C. (2017). Restorative Rhetoric and Social Media: An Examination of the Boston Marathon Bombing. Communication Studies, 68(4), 385–402. https://doi.org/10.1080/10510974.2017.1340901

Windsor, L. (2020). The Language of Radicalization: Female Internet Recruitment to Participation in ISIS Activities. Terrorism and Political Violence, 32(3), 506–538. https://doi.org/10.1080/09546553.2017.1385457

Zeitzoff, T. (2017). How Social Media Is Changing Conflict. Journal of Conflict Resolution, 61(9), 1970–1991. https://doi.org/10.1177/0022002717721392

Zeitzoff, T. (2018). Does Social Media Influence Conflict? Evidence from the 2012 Gaza Conflict. Journal of Conflict Resolution, 62(1), 29–63. https://doi.org/10.1177/0022002716650925

Notas

[1] Por decisão autoral, neste artigo qualquer menção a IS, ISIS ou ISIL (apesar de serem as formas mais utilizadas no corpus) é convertida em Daesh, visto que esta forma implica uma menor associação desta particular organização terrorista ao Islamismo como um todo, ou sequer à ideia de um verdadeiro estado que se assuma como islâmico, de facto, tal como aponta Khan (2014).

Autor notes

Eduardo Antunes é Investigador bolseiro do projeto MyGender, estudante do Doutoramento em Ciências da Comunicação da Universidade de Coimbra onde concluiu o Mestrado em Jornalismo e Comunicação. Licenciado em Marketing pela Universidade de Aveiro


Buscar:
Ir a la Página
IR
Modelo de publicação sem fins lucrativos para preservar a natureza acadêmica e aberta da comunicação científica
Visor de artigos científicos gerado a partir de XML JATS4R