Nanoconfigurações: da jogabilidade à promoção de conteúdos de transhumanismo

Autores

  • Rui Vieira Cruz Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.NOVA UMinho), Centro Estudos Comunicação e Sociedade (CECS -UMinho), Braga, Portugal https://orcid.org/0000-0001-5235-7085

DOI:

https://doi.org/10.58050/comunicando.v5i2.213

Palavras-chave:

Nanotecnologia, Videos jogos, Transhumanismo, Deus ex, Indústrias culturais

Resumo

A invisibilidade da nanotecnologia faz com que as suas representações sejam regularmente conectadas com os produtos nos quais se implementa. Contudo, os contributos das indústrias culturais, em particular os videojogos permitem situar e projetar num futuropróximo e fundir a nanotecnologia com um conjunto de aplicações ao qual está intimamente ligada. A estratégia de promoção e divulgação de conteúdos de nanotecnologia passa por uma pluralidade de indústrias culturais e de media-mix, que alia os novos mediainterativos, (e.g.videojogos) às tradicionais indústrias culturais como a televisão. Assim, pretendemos perceber a execução das estratégias de divulgação nanotecnológica da franquia Deus Ex, incidindo nas narrativas e nos aspetos de jogabilidade de Deus Ex: Human Revolution,e nos conteúdos de promoção de Deus Ex: Mankind Divided. Com recurso ao programa de investigação lakatosiano e à socioantropologia visual (com base na economia visual) visamos ilustrar quais as configurações que esta franquia confere ànanotecnologia e a forma como promove uma nova visão de sociedade e conflitos sociais que daí emergem. O foco numa realidade futura e a explícita ligação visual com o transhumanismo permitiu aos jogadores controlar a utilização da nanotecnologia, definir as diferentes áreas que pretendem investir, escolher os tipos de organização societal que pretendem, e depararem-se com problemas sociais como o apartheid, a estigmatização, o genocídio e práticas de controlo social.

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Publicado

2016-12-30

Como Citar

Cruz, R. V. . (2016). Nanoconfigurações: da jogabilidade à promoção de conteúdos de transhumanismo. Revista Comunicando, 5(2), 6–35. https://doi.org/10.58050/comunicando.v5i2.213