O vendedor de passados em contexto lusofônico no espaço da Pós-Modernidade
DOI:
https://doi.org/10.58050/comunicando.v8i1.168Palavras-chave:
Literatura Africana de língua portuguesa, Cinema brasileiro, Lusofonia, Pós-colonialismo, IdentidadeResumo
Este trabalho pretende analisar alguns aspectos quanto aos Estudos Fílmicos e Literários, cuja apreciação se encontra nas características de aproximações e conflitos identitários nas obras. Temos aqui, o romance de José Eduardo Agualusa que percorre o espaço criativo das literaturas africanas de língua portuguesa e sua adaptação ao cinema brasileiro através do realizador Lula Buarque de Hollanda. Verificamos neste trabalho o contexto sociopolítico cultural, como também, o universalismo da lusofonia, tanto na abordagem, quanto no enquadramento das obras. No romance, Agualusa apresenta a sociedade angolana e sua tentativa de em se recompor diante do comportamento social advindo ao período do pós-guerra da independência, questionando em sua obra um presente desalentador e desmemoriado. No guião para a adaptação ao cinema, Lula Buarque de Holanda abrange o universo da pós-modernidade e universalidade, e reconstrói a ficção literária adaptando o texto aos dramas oriundos do período dos regimes militares no Brasil e Argentina. Tais interferências culturais e artísticas deixam livre o poder criativo e imaginativo da essência do espaço de identidade lusófona entre as personagens das obras, devido ás histórias, que antes contadas na literatura em Luanda, Angola, é transferida para o ambiente da ficção cinematográfica no Rio de Janeiro, Brasil. Observamos que, no romance o autor deixa delimitado na obra, o espaço para a criação de uma consciência mais reflexiva sobre a atual realidade política e social de Angola. No filme, tais reflexões são postas no mecanismo da valorização das memórias e das feridas emocionais e políticas, promovidas pelos regimes ditatoriais dos governos militares, ocorridos em alguns países da América Latina.
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