Precisamos falar sobre Jornalismo: modelo de negócio em falência, práticas em mudança, valores duradouros
DOI:
https://doi.org/10.58050/comunicando.v8i1.162Palavras-chave:
Jornalismo, Crise, Mudanças tecnológicas, Modelo de negócio, ValoresResumo
O jornalismo está sob escrutínio com rápidas mudanças sociais e tecnológicas e o modo de produção e consumo de notícias está a alterar-se. Neste artigo, partimos da premissa de que o jornalismo tem desempenhado um papel vital na sociedade desde o século XIX: busca informações e transmite ao público. Em um contexto político, econômico, cultural e tecnológico em mutação, questionamos: de que jornalismo estamos falando agora? Hayes, Singer e Ceppos (2007), Dahlgren (2010), Kovach e Rosenstiel (2014) defendem que, mesmo que as funções da profissão sejam remodeladas, existem princípios que permanecem. Seguindo esta linha, argumentamos que as mídias digitais e a Internet alteram a prática jornalística, o que resulta em crises na profissão –de identidade, audiência, credibilidade. No entanto, esse processo reverbera da crise do jornalismo como negócio (Meyer, 2006, 2009; Ramonet, 2012; Haak, Parks & Castells, 2012), quando novas tecnologias exigem uma transformação em seu modelo comercial, enquanto os princípios da profissão perduram (Hayes et al., 2007; Dahlgren, 2010; Kovach & Rosenstiel, 2014). Este é um debate exploratório, que pretende aprofundar a discussão sobre o futuro da profissão. Buscamos sistematizar as múltiplas facetas da crise, e observar como a tecnologia e os valores do jornalismo fazem parte destas mudanças da profissão. O jornalismo é um processo crítico e ético, que permanece intrinsecamente ligado à forma como vivemos nosso cotidiano, mesmo que a necessidade da profissão esteja sendo questionada e as interações com sujeitos diluam o papel do jornalista como principal mediador da mensagem autorizada a entrar na esfera pública.
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