Crianças e notícias: Uma abordagem teórica e enquadramento das principais investigações desenvolvidas entre 2000 e 2011

Autores

DOI:

https://doi.org/10.58050/comunicando.v1i1.108

Palavras-chave:

Representações, Crianças, Notícias, Participação

Resumo

Estudos recentes demonstram que os media fazem parte do quotidiano das crianças desde muito cedo (KOTILAINEN, 2011). Porém, verifica-se que são escassas as pesquisas sobre a relação das gerações mais jovens com a atualidade. E se os media noticiosos são importantes mecanismos reprodutores de informação e construtores de um ambiente simbólico, impõe-se a realização de estudos orientados para o entendimento das crianças sobre este ambiente mediático, tentando perceber, também, de que modo criam referências para se situarem no mundo. Esta apresentação pretende dar a conhecer uma das tarefas desenvolvidas no âmbito de uma tese de doutoramento, em curso, consistindo numa revisão bibliográfica sobre os estudos desenvolvidos na última década, em especial, sobre o envolvimento entre as crianças e as notícias. Desse modo, foi realizada uma pesquisa documental, entre 2000 e 2011, na base de dados Communication Abstracts. Para além de uma perspetiva daquilo que tem sido investigado nos últimos anos, detetando os principais aspetos incorporados nestes estudos e eventuais lacunas, é fundamental compreender qual a importância dos meios de comunicação na vida das crianças, tendo em conta o aparecimento de múltiplos formatos mediáticos, e qual a ligação que estabelecem com as notícias difundidas por estes meios. Os resultados mostram que as investigações tendem a enfatizar os efeitos de determinados conteúdos (violência, crime) sobre as crianças, ao invés de partirem dos significados construídos por estes atores sociais, de modo a enfatizar o reconhecimento dos seus direitos de participação, legitimados pela Convenção sobre os Direitos da Criança (1989).

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Publicado

2012-12-31

Como Citar

Silveira, P. (2012). Crianças e notícias: Uma abordagem teórica e enquadramento das principais investigações desenvolvidas entre 2000 e 2011. Revista Comunicando, 1(1), 57–65. https://doi.org/10.58050/comunicando.v1i1.108